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13 de dez. de 2010

62 ANOS DA DECLARAÇÃO UNIVERSAL | Ministros Vannuchi e Haddad lançam CD-Rom “Direito à Memória e à Verdade”

O ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), e o ministro da Educação, Fernando Haddad, lançaram nesta sexta-feira (10), Dia Internacional dos Direitos Humanos, o CD-ROM “Direito à Memória e à Verdade”, que resgata a história de aproximadamente 450 brasileiros, em sua maioria opositores políticos da ditadura, que foram mortos ou ‘desapareceram’ por ação de autoridades públicas durante os anos de 1962 a 1985. O lançamento aconteceu no Ministério da Educação (MEC), em Brasília (DF).
Além do conteúdo do livro homônimo, lançado em 2007 pela Secretaria de Direitos Humanos, o CD traz imagens, trechos de músicas e cenas do Brasil daquela época. “É um instrumento de educação, de valores, que faz a conexão dos mortos e desaparecidos com a cultura, a música, a literatura e os costumes da época”, disse o ministro Vannuchi durante o lançamento. “Com este CD vamos assegurar melhores condições para que a democracia brasileira não sofra novamente o que aconteceu no passado”, complementou Vannuchi, que incluiu o tema da Educação em Direitos Humanos entre as prioridades de sua gestão.
O ministro Fernando Haddad, por sua vez, ressaltou que o CD-ROM será distribuído em toda a rede pública de ensino médio. “A juventude vai conhecer uma época dura do país, mas também vai entrar em contato com a cultura, com a música e a luta de muitos brasileiros pela democracia”, afirmou Fernando Haddad. “Tenho certeza que esse CD-ROM será festejado nas escolas como importante instrumento de transformação. Educação e democracia andam juntas”, complementou ele.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, participou da cerimônia de lançamento do CD-ROM e destacou a atuação do ministro Vannuchi. “Quero destacar o notável trabalho do ministro Vannuchi à frente da Secretaria de Direitos Humanos. Todos nós brasileiros somos devedores a vossa excelência. A República é devedora a vossa excelência”, disse Gurgel sob aplausos de aproximadamente 100 pessoas que lotaram o auditório do 9º andar do MEC.
A professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Heloísa Starling, também foi bastante aplaudida ao apresentar o CD-ROM. O projeto começou a ser desenvolvido em parceria da SDH e do MEC com a UFMG quando Heloísa ainda era vice-reitora da universidade. “Tivemos o desafio de unir a trajetória de vida desses brasileiros com os fatos mais marcantes daquele período da vida do país”, explicou a professora enquanto fazia a demonstração das ferramentas do CD num telão.

Os interessados em adquirir gratuitamente o CD-Rom podem fazer a solicitação pelo endereço eletrônico: memoriaverdade@sedh.gov.br.

Recursos multimídia – As imagens e os trechos de músicas e filmes “transportam” o usuário do CD-Rom para o Brasil daquela época, que compreende 23 anos muito importantes da história recente do País: da derrubada do governo de João Goulart ao regime autoritário que ocupou o poder durante as duas décadas que se seguiram ao 31 de março de 1964.  O objetivo do projeto multimídia é recuperar a trajetória da vida dos quase 450 brasileiros, em sua maioria opositores políticos da ditadura, que foram mortos ou estão desaparecidos por ação de autoridade pública entre 1962 e 1985.
O CD-Rom, fruto do trabalho de dois anos do Projeto República, da Universidade Federal de Minas Gerais, apresenta uma narrativa que combina três instâncias do passado: a experiência individual; o contexto histórico em que o indivíduo buscou intervir; e o tipo de intervenção que sua ação constituiu no cenário das forças políticas da época.  Logo na abertura são exibidas as fotos das pessoas mortas durante a repressão ou que ainda estão desaparecidas. Passando o mouse em cima do retrato é possível identificar nome e data da morte ou do desaparecimento. Quando se clica em cima da pessoa, sua foto é ampliada e, ao lado, aparecem imagens de acontecimentos políticos contemporâneos, tanto nacionais como internacionais, capas de discos, livros e outras imagens, todas acompanhadas da descrição do contexto daquele momento histórico.
O CD-Rom reproduz e amplia o conteúdo do livro “Direito à Memória e à Verdade”, um relatório da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que foi lançado no ano de 2007 pelo governo federal. No documento, em que o Estado brasileiro reconhece a responsabilidade por violações dos direitos humanos, é contada a história das vítimas do último período de ditadura no Brasil, resgatando a trajetória de operários, estudantes, profissionais liberais e camponeses que se engajaram em organizações de esquerda para combater o regime militar.
Nesse sentido, o livro-relatório e o CD-ROM têm como objetivo contribuir para que o Brasil avance na consolidação do respeito aos Direitos Humanos, sem medo de conhecer a sua história recente.

Fonte:www.direitoshumanos.gov.br/2010/12/10-dez-2010-62-anos-da-declaracao-universal-ministros-vannuchi-e-haddad-lancam-cd-rom-201cdireito-a-memoria-e-a-verdade201d

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