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9 de dez. de 2009

II Fórum dos Direitos Humanos

A Liga dos Direitos da UFRGS promove nos dias 08, 09 e 10 de dezembro, na sala 601 da Faculdade de Educação da UFRGS, o II Fórum de Direitos Humanos e o I Projeto Itinerante de Capacitação para Defensores dos Direitos Humanos no Rio Grande do Sul, com o tema O Combate à Violência Institucional e à Discriminação.

A programação se desenvolverá nos turnos da manhã, tarde e noite, com a realização de conferências, diálogos e debates sobre os seguintes temas: Educação, discriminação e direitos humanos; a violência institucional, os direitos fundamentais e sociais; os meios de comunicação combatem ou compactuam com a violência e a discriminação?; Anos rebeldes, dos Anos de Chumbo à democratização do Brasil; O direito à terra no Planeta Terra; os direitos humanos dos invisíveis; cinema e direitos humanos: amor à primeira vista.

Outros destaques da programação: exibição de documentários, o lançamento do concurso nacional de vídeos "Defensores dos direitos humanos no Planeta Terra: ser humano é ficção?", e a exposição fotográfica "A ditadura no Brasil: 1964/1985.

SOBRE A EXPOSIÇÃO: A mostra faz parte do projeto Direito à Memória e à Verdade, da Fundação Luterana de Diaconia, Agência Livre para Informação, Cidadania e Educação, em parceria com a Secretaria Especial dos Direitos Humanos. A exposição faz uma viagem no tempo. Recupera, de maneira exclusiva, os primeiros momentos do golpe de Estado até os comícios populares das "Diretas Já". Imagens marcantes dos tanques militares na frente do Congresso Nacional, as passeatas estudantis, a resistência dos diversos grupos da sociedade civil, a censura de documentos, a violência, as prisões e torturas são expostas em grandes painéis que colocam o espectador dentro dos acontecimentos.

Os eventos tem entrada franca e é aberto à comunidade em geral. Inscrições no dia e local:
Faculdade de Educação da UFRGS (Av. Paulo Gama, 110, sala 601, Campus Centro).

Informações no site www.ufrgs.br/faced/projetoitinerante email ligadireitoshumanos@ufrgs.br

DESIGUALDADE DE GÊNERO E FEMINIZAÇÃO DA AIDS

Maria das Graças Sousa*

Dia 1º de dezembro é o DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS. Por isso, a Secretaria de Mulheres da CUT/DF ocupa esse espaço para dialogar com você sobre um fenômeno muito importante relacionado a esse tema: a feminização da aids.
Desde 1992, o número de mulheres infectadas pelo vírus HIV é crescente, o que indica que as ações preventivas não estão sendo suficientes para frear o avanço da aids dentre a população feminina.
No mundo todo, as mulheres já representam 50% da população infectada e no continente africano, já são maioria, com 60%. A ONU aponta a desigualdade de gênero e todas as formas de violência contra as mulheres como fatores determinantes para o aumento da vulnerabilidade feminina à doença. Ou seja, as mulheres muitas vezes são forçadas a ter relações sexuais não desejadas e desprotegidas com seus parceiros. Além da violência física, outras formas sutis de opressão, como o preceito da fidelidade matrimonial, concorrem para a proliferação do vírus.
Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde sobre o uso de preservativos apontou que apenas 19,4% das mulheres que tiveram relações sexuais com parceiro fixo usaram preservativo, contra 45,7% das mulheres que tiveram relações com parceiros eventuais. Isso indica que as mulheres em relações conjugais ou permanentes dão menos atenção à prevenção, aumentando os riscos de contaminação.
Além da vulnerabilidade gerada pela cultura machista, que oprime a livre expressão da sexualidade feminina, essa realidade também é resultado de um conceito equivocadamente utilizado pelas primeiras campanhas de prevenção que foram direcionadas aos “grupos de risco”: homossexuais, prostitutas e usuários de drogas injetáveis. Hoje os programas de prevenção já procuram adotar o conceito de “práticas de risco”, admitindo assim que todas as pessoas que mantém relações sexuais, permanentes ou eventuais, com parceiros do mesmo sexo ou não, estão sujeitas à infecção.
No Brasil, quando a aids surgiu na década de 80, havia em média um caso em mulheres para cada 26,5 em homens. Com o passar dos anos, a proporção foi caindo e em 2007 chegou a 1 caso de infecção em mulheres, para cada 1,5 caso em homens, segundo dados do Programa Nacional de DST/Aids do Governo Federal.
Extrapolando as conseqüências diretas à qualidade e expectativa de vida das mulheres, a feminização da aids também gera risco de infecção para os bebês, que podem ser contaminados pela mãe durante a gestação, o parto ou a amamentação.
De 1980 a junho de 2007, foram notificados 474.273 casos de aids no país. Além dos casos notificados, o Ministério da Saúde estima que existam mais 250.000 pessoas infectadas pelo vírus HIV, que não sabem que são portadoras pois ainda não realizaram o teste. Além da dificuldade de acesso aos serviços públicos de saúde, o medo do diagnóstico e da discriminação social são fatores que dificultam a realização do exame. No entanto, a testagem continua sendo o método mais eficaz de se descobrir o vírus, e quanto antes a(o) paciente soropositiva(o) começar a ser tratada (o), maior será eficácia do tratamento.
Romper com o medo, denunciar a violência e enfrentar o preconceito que nos oprime é o primeiro passo para frearmos o avanço do aids entre as mulheres e, consequentemente, entre toda a população. Contamos com você nessa luta!

*Maria das Graças Sousa é analista judiciária e secretária de mulheres da CUT/DF

12 de nov. de 2009

Fórum sobre Indicadores 2009 - último módulo

No dia 17 de novembro (próxima terça-feira), das 19h às 22h30 a Unisinos realiza, na sala 1G119, a última etapa do Fórum sobre Indicadores socioeconômicos e Políticas Públicas 2009, que tematizará os indicadores do Vale dos Sinos sobre as populações indígenas e afrodescendentes.O evento conta com as contribuições de Walmir Pereira da Unisinos e Lucia Garcia do DIEESE.Mais informações e inscrições no site: www.unisinos.br/ihu

FEEVALE ATENDE MULHERES VÍTIMAS DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Universidade fará atendimentos jurídicos e psicológicos gratuitamente, por meio do Núcleo de Apoio aos Direitos da Mulher (NADIM), atividade de extensão universitária realizada no Núcleo de Prática Jurídica, no Campus II, a Feevale atenderá mulheres vítimas de violência doméstica.

Pioneiro no Estado em âmbito acadêmico, o Núcleo orientará mulheres vítimas de violência doméstica, sobre as formas de proteção em termos de Direito de Família e a incidência da Lei Maria da Penha, informando sobre as medidas jurídicas cabíveis e as acompanhando em audiências criminais. Além de amparar na área jurídica, o Núcleo realizará intervenções psicológicas, atendendo mulheres que revelam intenso sofrimento psíquico com a violência. “Quando falamos em violência doméstica, nos referimos tanto à violência física, como à violência psicológica, patrimonial e moral", ressalta a professora do curso de Direito da Feevale, Betina Krause.
Entre outros objetivos, o Núcleo também pretende oportunizar à comunidade o conhecimento acerca da Lei Maria da Penha e suas medidas de proteção à família; bem como visa capacitar os acadêmicos na aplicação dos conhecimentos adquiridos intervindo nas práticas sociais.
O atendimento é realizado voluntariamente por acadêmicos dos cursos de Direito e Psicologia da Feevale, selecionados a partir de análises de currículo, mediante supervisão das professoras do curso de Direito, Betina Krause e Claudia Maria Petry de Faria e do curso de Psicologia, Cynthia Berlim.
O Núcleo também atenderá mulheres encaminhadas pela Delegacia da Mulher e pelas demais entidades assistenciais de Novo Hamburgo. O atendimento é gratuito e ocorre nas segundas-feiras, das 14h às 17h30min, e sextas-feiras, das 8h30min às 11h30min, sem a necessidade de agendamento prévio. Informações pelo telefone (51) 3586-8800, ramal 8647.

Leia e ouça opiniões sobre a obrigatoriedade do ensino até os 17 anos

O Senado Federal aprovou por unanimidade no dia 28 de outubro, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 96A/03, que torna obrigatório o ensino para crianças e jovens de 4 a 17 anos.
Hoje, a obrigatoriedade abrange a faixa etária de 6 a 14 anos. Já a partir de 2010, o poder público terá que oferecer o ensino médio público a todos os alunos que estiverem interessados em cursá-lo.
O estudante continua podendo escolher se vai fazer ou não o ensino médio. Porém, a partir de 2016, o poder público e os pais poderão ser responsabilizados civil e criminalmente pelos que estiverem fora da escola – como acontece atualmente dos 6 aos 14 anos.
Durante roda de conversa promovida pela Ação Educativa para debater pontos da atual política nacional para o ensino médio, o Observatório da Educação realizou entrevistas com participantes do evento.
Leia abaixo opiniões sobre a extensão da obrigatoriedade do ensino (dos atuais seis a 14 anos para de quatro a 17 anos):
Carlos Artexes Simões - diretor de concepções e orientações curriculares para educação básica do Ministério da Educação
“Há um entendimento hoje da sociedade brasileira, e partilhamos isso na década de 80, pela luta por ampliação de direitos da educação básica como um todo. Entendemos que a obrigatoriedade é uma estratégia, não um fim em si mesmo. O MEC entende que é uma estratégia importante de responsabilizar o Estado e o Brasil. Temos hoje 1,7 milhão de jovens de 15 a 17 anos fora da escola, muito devido à falta de significado, incompatibilidade e inadequação entre a proposta que a escola faz e o que os alunos esperam dela. Mas o fundamental hoje desses jovens não estarem na escola é o fato de não termos escola de qualidade. No nosso entendimento, a obrigatoriedade vai induzir um processo de responsabilidade pública e da sociedade civil, que pode ajudar no processo. Isso não quer dizer que não defendemos a autonomia e liberdade como princípio fundamental da educação. Mas, no nosso ponto de vista, a sociedade brasileira ainda precisa dessa questão da obrigatoriedade como estratégia para ampliar a universalização de acesso e construir a qualidade que precisamos no ensino médio no Brasil”.
Maria Inês Fini - assessora de Currículo e Avaliação da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo
“A obrigatoriedade deveria ser da oferta. Há muita contradição em falar da obrigatoriedade, se olharmos para a qualidade do ensino. Os jovens estão nos dizendo que não querem essas escolas. Então, o Estado, a Nação, deveria fazer oferta de muita qualidade, mas no ensino médio deveria ser da escolha do jovem fazer ou não. Certamente, se for melhor e mais atrativa, e disser respeito a sua vida, o jovem vai até ela. Obrigatoriedade de oferta, não de frequência. A obrigatoriedade fere os direitos individuais desse jovem que já é quase adulto e tem que ter a opção de escolher. No estado de São Paulo, já temos 74% dos jovens de 15 a 17 anos frequentando a escola. Acho que temos de ampliar a oferta e melhorá-la. Fazer diversificação, reconhecer estudos feitos fora. Obrigar o Estado a oferecer ensino para todos os jovens e de qualidade”.
Maria Sylvia Simões Bueno – professora da Unesp
“Sou inteiramente a favor da obrigatoriedade. Não estou pensando na obrigatoriedade como uma forma de resolver os problemas da educação no Brasil, não é. Mas o Estado precisa obrigar-se a oferecer. Entendo a obrigatoriedade nesses termos. Entendo também que a criança e o jovem precisam da escola. Se o jovem não está na escola, é porque a escola o afasta ou porque ele tem outros compromissos. Mas a obrigatoriedade deveria vir acompanhada de bolsas de estudos e outros instrumentos que garantissem a permanência do jovem na escola. E acredito que, no Brasil, não temos grandes índices de qualidade de educação, pelo contrário. Mas, a expansão da escolarização já é alguma coisa, e ela só foi conseguida por conta da obrigatoriedade dos sete aos 14 anos. Então, sou inteiramente favorável.”
Helena Singer - diretora pedagógica da Associação Cidade Escola Aprendiz
“Acho bastante problemático, em relação a vários aspectos. A obrigatoriedade de ensino de quatro a 17 anos não é a solução dos problemas da educação no Brasil. A educação deve ser mesmo um dever do Estado e um direito do cidadão. A educação de qualidade, a escola que atraia os alunos e faça sentido na vida deles e na vida das famílias. A partir do momento em que a escola fizer esse papel que é dela e do Estado, não vai precisar ser obrigatório, no sentido de culpabilizar as famílias e jovens que escolham não estar na escola. Isso não é a solução para o problema da educação”.
Maria de Salete Silva - Unicef
“Nós no Unicef estamos defendendo essa obrigatoriedade, inclusive essa discussão surgiu muito forte em um seminário que o Unicef promoveu em Buenos Aires, no ano passado, com representações de Chile, Argentina e Brasil. Entendemos a obrigatoriedade como um caminho de garantia do direito. Ela não garante por si, não é capaz de por si mudar a qualidade do ensino, mas coloca na agenda a importância tanto da pré-escola quanto do ensino médio e abre caminho para a discussão de como isso será garantido e em que condições de qualidade, que é o que os jovens precisam”.
Jeferson Henrique - projeto Jovens Agentes pelo Direito à Educação (JADE), da Ação Educativa
“Deve haver uma responsabilização do Estado. Parece que a culpa é somente do estudante que abandona e não se leva em conta as condições da escola, da formação dos professores, da falta de material. É preciso pensar com outro viés, de que o Estado tem que se responsabilizar e os gestores também. Querem colocar que o estudante é o grande culpado e o penalizam. Acredito que se deve discutir o Estado como responsável. A maioria dos jovens não vê sentido para a escola”.
Maria Amábile Mansutti, do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec)
"Tem muitas questões a serem resolvidas em relação à obrigatoriedade, pois metade dos alunos que deveria estar no ensino médio não está. Então, há muito o que resolver. Mas é interessante no sentido do direito, da universalização, apesar de terem apontado problemas de financiamento, relação com educação de jovens e adultos etc. Mas sou favorável. Regina Oshiro, professora da redeDeveria ser obrigatória apenas para o Estado, não para os estudantes. Não dá para obrigá-los. O Estado deveria ter política para oferecer e garantir ensino médio para todos. Agora, obrigatoriedade para estudante e família acho complicado de se estabelecer neste momento. Devemos trabalhar para ter uma escola de melhor qualidade, com sentido e significado para quem quisesse nela entrar e, creio, neste momento, sem organizar debate com a sociedade em torno da obrigatoriedade do estudante e da família vai ser nova letra morta."
João Cardoso Palma Filho, professor da Unesp, membro do Conselho Estadual de Educação
"Antes de pensar na obrigatoriedade é preciso pensar em que tipo de ensino médio queremos, que qualidade deve ter e como se vai garantir financiamento para esse tipo de qualidade. Porque tornar obrigatória uma escola ruim não vai resolver. Ana Lúcia Silva Souza, pesquisadora da área de educação e letramento de juventude e relações raciais A princípio, a obrigatoriedade parece ótima, incentiva, compromete as pessoas. No entanto, mais que pensar a obrigatoriedade, é preciso pensar na universalização e, dentro disso, pensar no olhar para as particularidades, singularidades, ou seja, as ações afirmativas. Pensar em como vai atender as diferentes juventudes do Brasil, em especial considerando que, quando se fala em ensino médio, boa parte da dos jovens da população negra e indígena não frequenta essa modalidade dos 14 aos 17, vão frequentar posteriormente, e nada se diz a respeito de outra faixa etária que vai frequentar o ensino médio."
Marcelo Morais, estudante do segundo ano do ensino médio da Escola Estadual prof. João Dias da Silveira (São Paulo)
Na minha opinião a obrigatoriedade é uma forma de o governo colocar um cabresto nas pessoas, e não deixar que elas façam uma revolta contra eles, mas fazer com que as pessoas pensem o que eles impõem na sociedade, fazer com que pensem o que eles colocam na escola. Jessi Kerolyne Gonçalves, estudante do terceiro ano do ensino médio da escola estadual dep. Silva Prado (São Paulo)Ser obrigado não vai levar a nada. O aluno pode estar dentro da escola e não querer fazer nada. Não importa passar a vida dentro da escola se não se empenha. Pode ter as melhores condições, mas se não houver interesse não vai progredir. A obrigatoriedade não vai adiantar nada. Pode ser obrigado, mas e o ensino? É o método do ensino que deve ser discutido, não o aluno dentro da escola. Ele pode ir o ano inteiro para a escola e não aprender nada.

29 de out. de 2009

Anos de Chumbo: Mostra AI 5 40 anos


DIREITOS HUMANOS LÁ... Oficina de Direitos Humanos

A Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (SEASDH) está implantando neste segundo semestre, o programa “Direitos HumanosAqui†, com o objetivo de fomentar a institucionalização da Política deDireitos Humanos nos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro, onde serão assinados pactos pela implementação das Secretarias Municipais deDireitos Humanos.
Para o desenvolvimento deste programa, a Secretaria de AssistênciaSocial e Direitos Humanos (SEASDH) fará visitas aos municípios, nos meses de outubro e novembro de 2009, convocando as localidades vizinhas para os 8 encontros nos pólos regionais em que serão desenvolvidas as oficinas de capacitação nas seguintes temática de Direitos Humanos:
. Política de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher;
. Política de Defesa e Promoção da Igualdade Racial;
. Política de Defesa e Promoção dos Direitos da Segurança Alimentar;
. Política de Defesa e Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência;
. Política de Defesa e Promoção dos Direitos Individuais,Coletivos e Difusos;
. Política de Defesa e Promoção dos Direitos da Juventude;
. Política de Defesa e Promoção dos Direitos da Pessoa Idosa;
. Política de Defesa e Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente (inclusive Redes Conveniadas FIA);
. Mídia e Direitos Humanos (inclusive para Profissionais de Mídia);
. Conselho de Direitos:Uma Estratégia para Participação e Controle Social (Conselheiros Municipais e Sociedade Civil);
. Direitos Humanos no Poder Legislativo Municipal (para Vereadores);
. A Voz dos Quilombos (para Juventude Quilombola).

9 de out. de 2009

Traga sua bandeira e participe dessa festa!!


8 de out. de 2009

ALEGRES OLHARES


30 de set. de 2009

ATO SHOW!!


28 de set. de 2009

O Movimento Nacional de Direitos Humanos lança, em parceria com a Universidade Federal de Goiás, o CURSO DE EXTENSÃO EM DIREITOS HUMANOS.


O curso terá uma carga-horária de 100 horas, divididas em 3 módulos, todos obrigatórios. O primeiro módulo será sobre os fundamentos do ensino à distância, com um encontro presencial na cidade de Belo Horizonte, sob a responsabilidade do Coordenação Estadual dos Direitos Humanos, que será o polo disseminador do curso no estado de Minas Gerais. É importante ressaltar que esta atividade não será custeada pelo MNDH ou pela Coordenação Estadual dos Direitos Humanos, ficando a cargo de cada participante e/ou sua entidade as custas da viagem a Belo Horizonte.

O segundo e o terceiro módulos terão uma carga de 40 horas cada e serão feitos à distância. Tratarão, respectivamente, dos seguintes temas: “Democracia, desenvolvimento e direitos humanos no Brasil” e “Reação conservadora e a criminalização dos movimentos sociais”.

A avaliação será de cunho formativo, por meio da participação presencial, da interação entre os participantes e do desenvolvimento das atividades propostas. De cada participante, será exigida uma dedicação mínima de duas horas diárias.

O curso é financiado com recursos públicos, do Orçamento Geral da União, repassados à Secretaria Especial de Direitos Humanos, e visa ao fortalecimento de comitês de Educação em Direitos Humanos. Por isso, é de extrema importância que os participantes possam ter a dedicação mínima requerida. O material didático para o acompanhamento do curso será digital.

Perfil da/o candidata/o:
1) Ser vinculada/o a uma entidade da Rede e/ou Parceira do MNDH;
2) Ter conhecimento mínimo em informática e navegação em internet;
3) Ter disponibilidade mínima de 2 duas horas de acesso à Internet com Banda Larga;
4) Poder se deslocar, com recursos próprios, a Cidade/Entidade Pólo, para os dois dias de aula presencial que dará início ao curso (primeiro final de semana de novembro);
5) Apresentar interesse e justificativa do por quê quer e/ou precisa fazer o curso.

As inscrições deverão ser feitas, até o dia 20 de outubro de 2009, pelo email thalesdla@gmail.com, brulioadv@yahoo.com.br ou pelo fone (31) 8732 041. Também, pode-se obter informações pelo fone: (31) 3786-9636.

Serão oferecidas 30 vagas para o estado de Minas Gerais, sendo 5 vagas para cada regional.



1) FICHA DE CADASTRO

NOME:
ENDEREÇO:
CIDADE:
CEP:
ESTADO:
FONE:
FAX:
CELULAR:
E-MAIL

RG:
CPF:
Entidade ou movimento em que atua:
FORMAÇÃO
GRADUAÇÂO:
PÓS-GRADUAÇÃO:
PRINCIPAIS EXPERIÊNCIAS EM DIREITOS HUMANOS (Ensino, Pesquisa e Extensão):
1.
2.
3.
4.
5.

Participe da maior mobilização pela paz da história!

Ato-Show com apresentação de Dante Ramon Ledesma entre outras apresentações. È na próxima sexta-feira.
Quando: 02 de outubro/09 - das 14h até 17h.
Onde: Largo Zumbi dos Palmares

Espaço aberto para exposição livre de materiais e trabalhos sobre cultura de paz e de movimentos sociais que lutam por justiça social e pelo fim das várias formas de violência.
No dia 2 de Outubro, Dia Internacional da Não-Violência (em homenagem ao nascimento de Mahatma Gandhi), é o dia em que se inicia, em Wellington capital de Nova Zelandia, a viagem de 90 dias da Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência. Um equipe de voluntários(as) de diferente culturas, nacionalidades e gerações percorrerá 300 cidades, 100 países e 6 continentes pedindo o fim das guerras, do armamento nuclear e em repúdio a todas as formas da violência, entre outras propostas (ver www.marchamundial.org.br). Essa equipe chegará ao Rio Grande do Sul no dia 24/12/09, ficará dias 24 e 25 em Porto Alegre, dia 26 em Canoas e dia 27/12/09 partirá, com os(as) aderentes gaúchos(as) para Montevidéu – Uruguai. Depois a Marcha Mundial irá para Buenos Aires e em seguida para Mendonza Argentina, onde terminará, simbolicamente, no dia 02 de janeiro de 2010 no Parque Punta de Vacas (aos pés do Monte Aconcágua, na Cordilheira dos Andes), próximo da divisa entre Argentina e Chile.
Em cada cidade que passe a Marcha Mundial haverá uma série de atividades abertas ao público, oficinas, seminários, shows etc.
Informações: ( participar da Marcha em sua cidade,apoio econômico e/ou para participar da viagem desde Porto Alegre/Canoas – RS até Punta de Vacas, em Mendonza – Argentina ), entre em contato conosco:
Porta-voz para Rio Grande do Sul: portavoz.rs@marchamundial.org.br
Eduardo Freire (51) 9226-4317 - eduhumanista@yahoo.com.br
Comitê Rio Grande do Sul: marchamundial.sul@gmail.com
O Comitê RS é composto por organizações não-governamentais, movimentos sociais, comitês municipais, por voluntários(as) e sempre está aberto a novas participações.Composição atual:
- A Comunidade para o Desenvolvimento Humano.
- Centro de Educação Popular – CAMP.
- Fundação Fé e Alegria do Brasil – RS.
- Conselho de Rádios Comunitárias – CONRAD.
- Grupo de Estudos de Paz – GEPAZ.
- Instituto Popular – Ação Social e Desenvolvimento Humano.
- Movimento Humanista
- Comitê de POA - RS.
- Comitê de Canoas - RS.
- Comitê de Santa Maria - RS.
O Comitê RS conta com apoio das Prefeituras Municipais de Porto Alegre e Canoas, que também aderiram a Marcha Mundial pela Paz e pela Não-Violência.

11 de set. de 2009

II Seminário de Educação em Direitos Humanos - Vale dos Sinos/ RS

Relatório II Seminário de Educação em Direitos Humanos - Vale dos Sinos/ RS



A primeira infância e a inviabilização do possível

Por João Augusto Figueiró*
A educação acadêmica não é suficiente para formar pessoas construtoras de um mundo menos violento.Há milênios discorre-se sobre o adulto ser resultado de sua natureza, das relações com a família e grupos sociais, da cultura, valores, crenças, normas e práticas. “Educai as crianças e não será necessário castigar os homens”, dizia Pitágoras. Platão clamava por melhores “nutrientes” sociais e culturais aos pequenos. O argumento de que a primeira infância é decisiva na formação do adolescente e do adulto passou a sustentar-se em estudos e pesquisas científicas nos últimos 100 anos. Mais recentemente, a neurociência evidenciou que episódios precoces de natureza física, emocional, social e cultural permanecem inscritos por toda a vida nas conexões sinápticas, por meio de fenômenos de neuroplasticidade e biomoleculares.Construímos um mapa da realidade a partir das experiências da infância. A criança é dotada de capacidade absorvente: tudo recebe, julga com imaturidade e pouco recusa ou reage. Ela estrutura a personalidade do futuro adulto. A análise do impacto da primeira infância (de 0 a 6 anos) na compreensão do mundo deve considerar o universo adulto e o infantil, a desumanidade do primeiro e a humanidade do segundo. Se o adulto de hoje foi um dia criança – e a criança de hoje será o adulto de amanhã –, de onde provém, então, a desumanidade da sociedade contemporânea?Freud demonstrou que as interações precoces envolvendo os aspectos cognitivos e, fundamentalmente, os afetivos são pré-moldes das futuras relações do sujeito consigo, com os outros e com o ambiente. Karl Jasper discorreu sobre “o homem só conseguir chegar a seu verdadeiro ser conduzido pelo outro”. Jean-Jacques Rousseau definiu o homem como um ser “feliz e bom” – e que os preconceitos culturais e as normas da vida social produziriam “sua crueldade e infortúnio”. John Locke teceu considerações sobre a tendência inata da criança em “desenvolver sua personalidade original sob influência do ambiente e da aprendizagem”. E Maria Montessori estabeleceu a preparação do ambiente – muito antes do ingresso da criança na escola – como “chave da educação e da cultura real da pessoa desde o nascimento”.Esquecemos esses ensinamentos? Os números dizem que sim: dos 22 milhões de crianças brasileiras de 0 a 6 anos de idade, mais de 14 milhões estão fora de qualquer atendimento escolar ou apoio institucional. O percentual de não-atendidos chega a quase 70%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Agência Senado aponta que 13 milhões de crianças nessa faixa etária, de famílias carentes, estão fora de creches. Somos detentores do triste recorde de crianças mais estressadas do mundo.Infelizmente, o Brasil não dispõe de estatísticas confiáveis sobre a abrangência da violência contra a criança e o adolescente, exceto quando a vítima morre ou o agressor é preso. Temos alguns dados locais, estudos frequentemente parciais, amostragens, muitas teses, mas nada de abrangência nacional, além da taxa de mortalidade por "causas externas" que inclui assassinatos, afogamentos e acidentes. Nosso sistema de registro é falho, os profissionais que atendem às vítimas geralmente não recebem treinamento adequado e a notificação compulsória, apesar de existir, não é corretamente cumprida. Viceja a guerra dos números com equívocos, manipulações, uso político dos dados, em que faltam ações efetivas e preventivas. Sobre a questão da violência e abusos perpetrados contra as crianças e adolescentes e suas repercussões, podemos citar que mesmo os indicadores indiretos, como a evasão escolar, o número de adolescentes infratores ou em abrigos e mesmo as taxas de morbidade (número de crianças atendidas nos principais hospitais de emergência do país), também são falhos.Por sua magnitude e ubiquidade, a violência contra a criança merece especial atenção no Brasil. Crianças de todas as classes sociais e regiões são abusadas e maltratadas. Abusos físicos, emocionais ou psicológicos, e sexuais – incluindo a exploração comercial –, bem como as diferentes formas de negligência, como omissão e abandono pela família ou pelo Estado, e o trabalho infantil são considerados crimes pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. A maioria desses eventos criminosos sequer é julgada ou punida. É uma violência banalizada pela impunidade e pela corrupção que grassam no poder público. Muitas categorias de transtornos mentais há tempos vêm sendo associadas ao abuso, negligência e violência na infância – em especial os de ansiedade, dissociativos, depressivos, de personalidade, ligados ao uso abusivo de álcool e drogas, de conduta com comportamentos transgressores, impulsivos, agressivos e violentos.Há formas mais silenciosas e sutis de violência. Uma das grandes responsáveis pela transmissão transgeracional da violência na sociedade, a cultura do consumismo destrói valores humanos. Somos resultado de um período marcado pela concentração econômica de bens, de conhecimento e de cultura, o que leva parcela significativa da população à progressiva exclusão. A pressão consumista atual, jamais vista na história humana, pavimenta terreno para a explosão da violência cotidiana.Os fatores de risco e proteção da violência, sua emergência e prevenção são sobejamente conhecidos da literatura médica. Começa no período pré-concepção com fetos indesejados ou rejeitados, decorrência da falta de um programa nacional eficaz de planejamento familiar e controle da natalidade. Permanece nas gestações malcuidadas, tensas e desamparadas e nos partos desnecessariamente cirúrgicos. Continua na primeira infância privada de nutrientes afetivos fundamentais ao saudável desenvolvimento psíquico, social e cultural. Exigimos e desenvolvemos no país estrutura física como pontes, viadutos, estradas, aeroportos e estádios de futebol, mas poucos se debruçam sobre a infraestrutura humana que irá gerir esses recursos. A educação acadêmica não é suficiente para formar pessoas construtoras de um mundo menos violento. Nada contra investimentos nessa área, muito ao contrário, mas, se não fosse por ela, não teríamos a bomba atômica, a indústria armamentista, governos tirânicos e corruptos e guerras cirúrgicas, todas realizações de pessoas letradas e educadas. Lamentavelmente, os argumentos científicos, filosóficos e pedagógicos atuais não conseguem convencer para o investimento na primeira infância. Mostremos, então, algumas razões econômicas para isso.Segundo o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), 1 dólar investido nessa faixa etária gera economia de 7 dólares em assistência social, atendimento a doenças mentais, manutenção de sistemas prisionais, repetência e evasão escolar; 15 dólares per capita em doenças que continuam manifestando-se na vida adulta como depressões e abuso de drogas, entre outros.Interferir adequadamente na infância é um desafio. Os achados científicos recentes podem contribuir para isso. Os conceitos de salutogênese e resiliência ajudam a explicar por que alguns indivíduos se desenvolvem de forma sadia e outros conseguem triunfar mesmo em ambientes hostis e adversos. A resiliência refere-se à relativa resistência de um indivíduo a experiências de risco em seu ambiente para a superação dos estresses e adversidades. É utilizado para referir-se a pessoas de desempenhos psicológicos bons, a despeito das vivências negativas das quais se esperaria sequelas graves. Criada pelo pesquisador Aaron Antonovsky, em 1979, a salutogênese designa as forças que geram saúde. É o oposto da patogênese (influências que causam a doença). Antonovsky recomenda potencializar as forças que se opõem ao estímulo causador da doença para evitar que as pessoas adoeçam. Propõe formas de estimular e preservar essa “força”, pela ciência, pela salutogênese, promovendo a saúde individual, coletiva e social.A promoção da cidadania e o fomento da saúde mental e social (salutogênese), além de educação e cuidado, contribuem para que a criança possa, desde cedo, resolver conflitos de maneira pacífica e não-violenta – lidando de modo respeitoso e generoso com o outro e o ambiente e confrontando a realidade, as adversidades e as frustrações de forma construtiva e inclusiva das diferenças (resiliência). O mundo contemporâneo impele ao resgate de valores essenciais como ética, amor e respeito às diferenças para a promoção da convivência societária e solidária fundamentada na resiliência e na salutogênese.Seria este um discurso delirante? Paulo Freire, em a Pedagogia da Indignação, nos socorre e ensina que “o discurso da impossibilidade da mudança para a melhora do mundo não é o discurso da constatação da impossibilidade, mas o discurso ideológico da inviabilização do possível”. Convirjamos então na construção desta “utopia possível”.* João Augusto Figueiró é médico e psicoterapeuta do Hospital das Clínicas da FMU-SP, presidente e diretor científico do Instituto Zero a Seis – Primeira Infância e Cultura de Paz. Trabalhou na implantação das atividades da Universidade da Paz, da ONU, em São Paulo, e na construção da Rede Gandhi – uma parceria entre o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde, a Unesco e a Associação Palas Athena.

10 de set. de 2009

Fundação Cultural Palmares financiará projetos


Cerca de R$ 400 mil reais é o valor que a Fundação Cultural Palmares vai disponibilizar aos projetos vencedores que apresentarem como objetivo a promoção da lei nº 10.639/03 (que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura afro-brasileira), por meio de idéias criativas que tragam em seu conteúdo atividades culturais comemorativas ao dia 20 de novembro - Dia Nacional da Consciência Negra 2009.

As inscrições para participar já estão abertas e seguem até o dia 14 de setembro.

Os candidatos devem apresentar projetos que desenvolvam atividades culturais com o tema "Renascimento Africano - FESMAN", tendo como público alvo crianças e jovens em idade escolar, incluindo ainda, o conteúdo previsto na lei nº 10.639/03: a luta dos negros no Brasil; a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política, pertinentes à História do Brasil.

O projeto deve prever ações durante todo o mês de novembro em pelo menos uma das seguintes expressões artísticas e sociais: teatro, dança, literatura, música, cinema, moda, design, artesanato, culinária, formação cultural, ou seminários com temas políticos e sociais voltadas à questão negra e afro-brasileira. As atividades devem trazer também, como inspiração, a Diáspora africana no Brasil e o III Festival Mundial de Artes Negras - o FESMAN.

O tema "Renascimento Africano - FESMAN" pretende enfatizar a influência africana na sociedade brasileira, em especial, das nações vindas das ilhas do Golfo da Guiné, de Angola, Moçambique, Costa do Marfim, Costa da Malagueta, Serra Leoa; Gâmbia, Nigéria, Libéria, Congo, Bissau. Povos de tradição milenar que foram escravizados no Brasil, o que constituiu num dos principais eixos da formação cultural brasileira. O compromisso é o de concentrar esforços para promover a retomada da herança do negro na formação da sociedade brasileira.

Já o Festival Mundial de Artes Negras - FESMAN - irá homenagear o Brasil em sua terceira edição. O evento irá abordar vários temas, como arquitetura, arte antiga, artesanato, arte contemporânea, cinema, dança, culturas urbanas, design, literatura, moda, música e teatro. Para mais informações, acesse o site do Festival:
www.fesman2009.com/pt .


Inscrição dos projetos

As propostas serão divididas em duas categorias: Projeto individual - artistas que desenvolvam trabalhos voltados à cultura negra e afro-brasileira; e Projeto de Entidades privadas sem fins lucrativos - que tenham natureza cultural e sejam consolidadas na atuação com a cultura negra e afro-brasileira, com, no mínimo, três anos de existência.
Seleção das propostas

A seleção dos projetos irá compreender as seguintes fases: Habilitação dos projetos, de caráter seletivo e eliminatório; e Seleção dos projetos, de caráter seletivo, eliminatório e classificatório.

Para isso, serão considerados os seguintes critérios de pontuação para todas as categorias:
• Capacidade de execução do projeto (tempo de fundação/atividades desenvolvidas, reconhecimento social/currículo); • Impacto social da proposta (número de pessoas beneficiadas e características socioeconômicas da população envolvida); • Relevância Cultural (valor simbólico, histórico e cultural das ações e das manifestações culturais e artísticas envolvidas); • Contribuição do fortalecimento da diversidade cultural brasileira (envolvimento ou diálogo com as manifestações afro-brasileiras e com as expressões das culturas populares); • Aspectos de criatividade e inovação (originalidade das ações e busca de estabelecimento de novas práticas e relações no campo cultural); • Adequação dos objetivos à previsão orçamentária (amplitude, razoabilidade, exequibilidade e perspectiva de realização dos projetos).

A Comissão Julgadora será composta por quatro representantes da Fundação Cultural Palmares e por um especialista da sociedade civil com reconhecida competência nas áreas da cultura negra e afro-brasileira.

Cada projeto individual selecionado receberá o valor de R$ 20 mil, sendo assim distribuído: dois projetos para cada uma das regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-oeste, Sudeste e Sul), totalizando dezprojetos contemplados. Na categoria de entidades privadas sem fins lucrativos será selecionado um projeto de cada região, conferindo mais cinco vencedores, que receberão até R$ 40 mil por projeto.

No total, a Fundação Cultural Palmares irá premiar 15 projetos que tratam da cultura afro-brasileira.

Não exaurida a seleção por região e por categoria, os recursos remanescentes serão destinados aos projetos que tenham obtido maior pontuação, independente da região e categoria.
A relação dos projetos inscritos será divulgada no site da Fundação.

Dúvidas e informações devem ser enviadas, exclusivamente, para o e-mail:
edital20denovembro2009@palmares.gov.br - ou, diretamente, pelo telefone: (61) 3424-0113.

Maiores informações:
www.fesman2009.com/pt

Fonte:
www.palmares.gov.br

Edital do Funcriança será lançado quinta-feira

A Secretaria Municipal de Coordenação Política e Governança Local promove quinta-feira, 10, o lançamento do Edital 2009 do Funcriança, no auditório do Banco Central (rua 7 de Setembro, 586). O documento comunica a abertura de inscrições para recebimento de auxílio financeiro a projetos, em execução, de entidades que prestam atendimento direto e indireto a crianças e adolescentes. O recurso para o cumprimento do edital é de mais de R$ 1,5 milhão. Para participar, as entidades precisam estar registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), ter registro (por mantenedora) e programa de atendimento inscrito no CMDCA e em execução, estar em conformidade com o Plano de Trabalho 2008 apresentado no conselho, não tendo recebido notificação relativa à irregularidade e estar adimplente junto à Secretaria Municipal de Educação (Smed), Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Funcriança) e Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), INSS, FGTS e Receita Federal.
Do total do valor do edital, uma parcela será dividida igualmente entre todas as entidades que tiverem seus projetos aprovados e outra será destinados a programas de Educação Infantil, Serviço de Apoio Socioeducativo (Sase), Regime de Acolhimento Institucional (Abrigo), Trabalho Educativo e Pessoas com Deficiência (PCDs). O período de inscrições encerra-se dia 18. Cópia do edital pode ser obtida na secretaria do CMDCA (Travessa Francisco Leonardo Truda, 40/14º andar, conjunto 145), entre 14h e 17h, mesmo local e horário para entrega da documentação. Também está disponível na página do Funcriança (
www.portoalegre.rs.gov.br/fundocriança).

9 de set. de 2009

Etapa Municipal Canoas!

Acontece hoje, 09 de setembro, às 17h, na Secretaria Municipal de Educação de Canoas, a etapa municipal do II Seminário Regional de Educação em Direitos Humanos.

O evento é direcionado aos educadores da pública de ensino e educadores populares.

28 de jul. de 2009

SEMINÁRIO MEMÓRIA DE UMA BARBÁRIE:DIGNIDADE HUMANA E DIREITOS DOS INDÍGENAS NA OBRA DE BARTOLOMÉ DE LAS CASAS

APRESENTAÇÃO

O seminário Memória de uma barbárie: Dignidade humana e direitos dos indígenas na obra de Bartolomé de Las Casas se propõe fazer uma reflexão filosófico-jurídica sobre a obra de Bartolomé de Las Casas levando em conta três categorias principais: memória, dignidade humana e direitos naturais.
Bartolomé de Las Casas se propôs a ser testemunha histórica da barbárie que estava acontecendo contra os indígenas por motivo do descobrimento do novo continente. O registro da memória dessa barbárie resultou ser o principal recurso, talvez o único que lhe restava, para tentar fazer presente a violência injusta cometida em nome da legalidade dos incipientes Estados modernos. O registro da memória se tornou o instrumento para denunciar a injustiça histórica e, concomitantemente, exigir justiça para as vítimas da civilização.
Os europeus detinham argumentos jurídicos incontestáveis, desde sua perspectiva, que legitimavam a ocupação das novas terras. No embate bélico de forças, os indígenas estavam indefesos. Bartolomé de Las Casas, seguindo filósofos e teólogos da Universidade de Salamanca, como Francisco de Vitória, invocou o conceito de dignidade humana como princípio universal que invalida qualquer pretensão de domínio sobre os povos indígenas. De igual forma desenvolveu uma aguda reflexão sobre os direitos naturais inerentes aos povos indígenas, que se antepunham aos pretendidos direitos de conquista ou colonização dos civilizados sobre os selvagens.
O embate de civilização e barbárie, ou melhor dizendo, a barbárie da civilização se torna hoje nosso grande desafio ao perceber que de forma recursiva se invocam os direitos dos civilizados para legitimar as novas barbáries.

Público-alvo: Estudantes, professores e interessados
Carga Horária: 15 horas
Realização: de 1/9/2009 a 3/9/2009
Investimento: Inscrições em Geral.......................... R$ 10,00
Certificado: Será fornecido certificado de participação a todos que estejam devidamente inscritos no evento e que tenham freqüentado as atividades.
Programa:

Dia 01 de Setembro
Das 19h30 as 22h30
Palestra: Bartolomé de Las Casas, memória de uma barbárie
Conferencistas: Giuseppe Tossi (PPG-Filosofia, UFPar)
Celso Cândido Azambuja (PPG-Filosofia, Unisinos)
Local: Sala Conecta
Dia 02 de Setembro
Das 14h as 17h
Palestra: A barbárie dos civilizados
Conferencistas: Giuseppe Tossi (PPG-Filosofia, UFPar)
Castor (PPG-Filosofia, Unisinos)
Local: Sala de Seminários I
Das 19h30 as 22h30
Palestra: A dignidade humana contra a violência
Conferencistas: Giuseppe Tossi (PPG-Filosofia, UFPar)
Castor (PPG-Filosofia, Unisinos)
Local: Sala de Seminários I
Dia 03 de Setembro
Das 14h as 17h
Palestra: Os direitos naturais contra a barbárie dos civilizados
Conferencista: Giuseppe Tossi (PPG-Filosofia, UFPar)
Castor (PPG-Filosofia, Unisinos)
Local: Sala de Seminários I
Das 19h30 as 22h30
Palestra: Os direitos e autonomia política dos indígenas
Conferencista: Giuseppe Tossi (PPG-Filosofia, UFPar)
Castor (PPG-Filosofia, Unisinos)
Local: Sala de Seminários I

Investimento: Inscrições em Geral.......................... R$ 10,00
Formas de inscrição:
  • Pessoal física
  • Via internet

Para fazer sua inscrição pela internet, é preciso estar cadastrado no portal Minha Unisinos. Se você já possui login no sistema, clique no botão "Já tenho login". Caso não tenha, clique em "Quero criar meu login"

27 de jul. de 2009

Participe!!

SEMINÁRIO ESTADUAL DE INTERLOCUÇÃO: "VIOLÊNCIAS SOCIAIS E SEUS REFLEXOS NA ESCOLA"

Data: 6 e 7 de agosto de 2009
Local: Dante Barone. Assembléia Legislativa/RS

Bolsa na área de Direitos Humanos

Agência FAPESP – O Programa Sergio Vieira de Mello abriu seleção para um pesquisador brasileiro da área de Direitos Humanos. Ao candidato selecionado será concedida uma bolsa de US$ 3 mil, por um período de três meses, para realização de pesquisa na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos. As inscrições estarão abertas até o dia 15 de agosto.
A iniciativa, resultado de parceria entre a Comissão Fulbright para o Intercâmbio Educacional entre os Estados Unidos e o Brasil, a Associação Nacional de Direitos Humanos Pesquisa e Pós-Graduação (ANDHEP) e a Universidade de Notre Dame, apóia professores e pesquisadores brasileiros interessados em atuar na universidade norte-americana. Além da bolsa, o candidato selecionado terá direito a moradia na cidade de Notre Dame, auxílio-instalação de US$ 2 mil, seguro-saúde e passagem aérea de ida e volta em classe econômica. O acesso às instalações e serviços da universidade – como escritório, internet, laboratórios e bibliotecas – será livre.
Para participar, os interessados devem estar relacionados à área de Direitos Humanos e devem ter vínculo com uma instituição de ensino superior do Brasil. O bolsista deverá realizar pesquisa além de, eventualmente, proferir palestras, ministrar cursos e/ou seminários, em tema a ser definido. O objetivo do programa é destacar, no meio acadêmico e científico norte-americano, a atuação de cientistas brasileiros e promover a aproximação, o diálogo e o aprofundamento no conhecimento das nacionalidades.
O programa exige que o candidato comprove ter concluído o doutorado antes de 2005. É preciso ter nacionalidade brasileira, atuar na área acadêmica de direitos humanos e possuir reconhecida competência profissional com produção intelectual consistente, além de ter inglês fluente e não receber bolsa ou benefício financeiro de outras agências ou entidades brasileiras com a mesma finalidade.
O processo de seleção incluirá a avaliação do perfil acadêmico e profissional do candidato e o plano de atividades proposto. Será dada preferência aos candidatos com pouca ou nenhuma experiência acadêmica prévia nos EUA. Também terão prioridade professores e/ou pesquisadores que desenvolvam atividades ligadas aos programas de pós-graduação em direitos humanos, reconhecidos como tais pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), com vistas à consolidação da pesquisa em direitos humanos no Brasil.
O candidato deve enviar sua inscrição exclusivamente via internet, juntamente com os seguintes documentos: formulário de inscrição, preenchido em inglês, plano de atividades para a estadia, três cartas de recomendação em inglês e currículo resumido também em inglês.

Direitos Humanos lança livro sobre cultura indígena

Com o objetivo de resgatar a história da população indígena contemporânea da Capital e seus direitos socioculturais, a prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana (SMDHSU), lança o livro “Povos Indígenas na Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba”, no dia 29, às 15h.

Organizada pelo cientista social Luiz Fernando Caldas Fagundes e pela antropóloga Ana Elisa de Castro Freitas, a obra reúne, em 198 páginas, artigos de especialistas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), do Ministério Público Federal, do Museu Nacional do Rio de Janeiro e da Universidade Federal de Brasília (UNB).
Os textos abordam aspectos culturais, territoriais e sociocosmológicos (visão de mundo dos índios) da contemporaneidade indígena porto-alegrense. “Está faltando na sociedade um entendimento maior da geração indígena atual. O livro poderá preencher algumas lacunas, abordando temas ainda desconhecidos da vida desse povo”, afirma Luiz Fernando.

Além dos artigos, o livro apresenta uma compilação da legislação indígena municipal, estadual e brasileira e um ensaio fotográfico do povo guarani (Mbyá Guarani), de autoria do fotógrafo Danilo Christids. A obra destaca também a influência dos índios na formação de Porto Alegre e adjacências. Um exemplo é o título da obra, que destaca o lago Guaíba, importante referência da Capital cujo nome tem origem indígena.

Território indígena - A existência territorial indígena no contexto urbano de Porto Alegre e a incomprensão dos índios em relação aos limites geopolíticos impostos pela sociedade são evidenciadas na publicação. De acordo com os autores, para os índios, elementos naturais como matas, florestas e rios são reconhecidos como base simbólica de suas vidas.
O quê: lançamento do livro "Povos Indígenas na Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba"
Quando: Quarta-feira, 29 de julho, 15h
Local: Av. Neuza Goulart Brizola, n° 21, bairro Petrópolis. Porto Alegre - RS

20 de jul. de 2009

RECURSOS PARA CRIANÇA

O FECA - Fundo Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do RS recebe projetos de ONGs e instituições governamentais voltados para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Até 31 de agosto!

Mais informações: http://www.rederscrianca.rs.gov.br/

17 de jul. de 2009

1° Seminário de Políticas Públicas sobre drogas em São Leopoldo


14 de jul. de 2009

IPA discute a violência contra a mulher


Nesta quarta-feira (15/07), a partir das 8h, será realizado o Encontro das Mulheres Parceiras. A atividade será no Auditório da Unidade Dona Leonor, (Rua Dona Leonor, 340). As inscrições serão feitas no dia e no local do evento, entre 8h e 8h30.


O encontro consiste na realização de palestras e oficinas, todas envolvendo o tema gênero e violência. São esperadas cerca de 100 pessoas. No evento, estarão presentes representantes de várias entidades parceiras como a Via Campesina, o Centro Ecumênico de Cultura Negra (Cecune), Movimento dos Trabalhadores Desempregados, entre outras.


A atividade é promovida pela Coordenadoria de Extensão e Ação Comunitária, em conjunto com diversos cursos de graduação como Direito, Enfermagem, História, Pedagogia, Psicologia e as cátedras de Gênero e de Direitos Humanos.


Segundo Maria da Graça Leite, responsável pelo projeto Arte e Cultura e uma das organizadoras do encontro, o evento tem o objetivo de debater e aprofundar a questão da violência na ótica das mulheres, “além de potencializar a parceria do Centro Universitário Metodista, do IPA, com as organizações da sociedade civil”, afirma. “Pretendemos contribuir com pautas sociais na elaboração de estudos científicos e por ser um encontro propositivo, tirar ações concretas de continuidade”, conclui a organizadora.


FONTE:
http://www.metodistadosul.edu.br/institucional/canal/noticias.php?codigo=24400&secao=237&pai=236

8 de jul. de 2009

"Coloque-se neste lugar. Os DH não podem valer só para você"

Campanha estimula a investir em Direitos Humanos

O Fundo Brasil de Direitos Humanos lançou uma campanha para estimular os brasileiros a doarem para a causa. Com o slogan “Coloque-se neste lugar. Os direitos humanos não podem valer só para você”, a iniciativa espera levantar recursos para projetos que combatem a violência contra a mulher.
Criado em 2005, o Fundo tem como objetivo promover os direitos humanos no Brasil e pautar o tema na agenda nacional, para que a população apoie iniciativas capazes de gerar novos caminhos e mudanças significativas para o país. Assim, disponibiliza recursos para atividades de organizações sociais em todo o território nacional, priorizando aquelas com dificuldades de acesso a outras fontes.
Na prática, qualquer pessoa pode fazer um depósito para a Fundação Fundo Brasil de Direitos Humanos (Banco: Itaú Agência: 0061 Conta Corrente: 58927-1 CNPJ: 7.922.437/0001-21). Todas as informações sobre destinação das doações estarão disponíveis no site do Fundo (www.fundodireitoshumanos.org.br).Para saber: Pesquisa realizada pela organização britânica Charities Aid Foundation (CAF) sobre as práticas de filantropia nos países que formam o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), mostrou que 61,5% dos brasileiros realizaram algum tipo de doação para causas sociais. No ranking, o país perdeu apenas para a China, cujo índice de doação chegou a 80,1% no ano passado, graças ao forte terremoto que atingiu a Província de Sichuan, que matou mais de 70 mil pessoas. Veja matéria completa.
Em entrevista realizada por e-mail, a Coordenadora Executiva, Ana Valéria Araújo, fala um pouco mais sobre a Campanha.
Ana Valéria - Qual o objetivo da campanha?
redeGIFE - O objetivo da campanha é mostrar para o público em geral que os direitos humanos no Brasil são violados diariamente e que as mulheres são vítimas de violência e discriminação, como mostram os projetos apoiados pelo Fundo Brasil de Direitos Humanos. É um convite às pessoas que se preocupam e querem fazer algo, mas não sabem como: todos nós podemos ajudar a mudar o curso das coisas em nosso país.
Ana Valéria - Por que violência contra a mulher?
redeGIFE - Porque o tema preocupa e causa indignação entre os que defendem os direitos humanos no Brasil. Apesar de marcos importantes como a Lei Maria da Penha e de alguns serviços públicos de proteção específica à mulher, estas ainda são vítimas da discriminação e das violências sexual e doméstica. A cada 15 segundos, sabe-se que uma mulher é espancada e outra, violentada. As mulheres negras recebem metade dos salários de homens brancos. 80% das vítimas do tráfico de pessoas no mundo são mulheres e as brasileiras fazem parte dessa estatística.
Ana Valéria - Como as pessoas poderão ver para onde o dinheiro foi alocado?
redeGIFE - Todas as informações sobre os projetos que são apoiados pelo Fundo Brasil estão disponíveis em nosso site para consulta. Nossas contas são publicadas anualmente, auditadas e fiscalizadas pela Curadoria de Fundações do Ministério Público. O Fundo Brasil apóia iniciativas de pequenas organizações e indivíduos que trabalham para combater a violência e a discriminação.
Ana Valéria - O brasileiro doa pouco?
redeGIFE - É difícil esperar que o público em geral identifique antecipadamente aquilo em que vale a pena participar e investir. Mas sabemos que se o tema toca fundo o coração das pessoas, quando elas se identificam com a situação apresentada, em tendo possibilidade financeira, o brasileiro doa! Ele precisa confiar, identificar-se com a questão e ter algum poder aquisitivo para doar. E se não for em dinheiro, muitas vezes serão bens, ou o seu tempo, na forma de trabalho voluntário. Se o cidadão não pode atuar diretamente, o Fundo Brasil é um canal confiável por meio do qual ele pode contribuir para transformar as duras realidades de nosso país.
Ana Valéria - Há poucas doações para a causa de direitos humanos no Brasil?
redeGIFE - Este tema ainda é de difícil compreensão para a média dos doadores. Os direitos humanos contemplam muitos assuntos e dizem respeito aos mais diversos segmentos sociais. Quando falamos sobre os direitos de alguns desses segmentos em especial, o conceito fica mais concreto e o entendimento é imediato.Por isso criamos esta campanha com a ADAG Publicidade para falar das mulheres. Queremos aos poucos ajudar o doador a entender que o tema dos direitos humanos tem a ver com todos nós. Que a violação desses direitos está presente na vida de muita gente próxima e que, portanto, todos nós temos algo a ver com isto!
Ana Valéria - Você acredita que exista um desconhecimento sobre o que é direitos humanos pelos brasileiros?
redeGIFE - A violação dos direitos humanos assume formas cruéis e atinge comunidades invisíveis aos nossos olhos, embora muito próximas de nossas vidas. As vítimas são crianças e jovens, mulheres, negros em qualquer idade, índios, trabalhadores informais, trabalhadores do campo, imigrantes e tantos outros. No caso da violência contra a mulher, o drama ocorre sem distinção de cor, raça ou status social.Nossa campanha “Coloque-se neste lugar” é uma proposta de participação, de cidadania e de exercício da solidariedade.
Fonte: redeGIFE Online

29 de jun. de 2009

Fome no mundo!!

A crise econômica aumentou em 100 milhões de pessoas o contingente de famintos em todo o planeta, segundo levantamento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). De acordo com a pesquisa, o desemprego dificultou o acesso dos mais pobres à comida. O reajuste constante no preço dos alimentos também contribui para o agravamento dessa situação, registrada em quase todos os países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. O Oriente Médio e o norte da África tiveram o maior crescimento no número de famintos: 13% dos moradores dessas regiões. A situação é dramática na África Subsaariana, onde 32% das pessoas estão na miséria absoluta. A América Latina e o Caribe, que apresentavam melhores, estagnaram no combate à fome.

1 bilhão de famintos

Nações Unidas registram aumento de 100 milhões no número de pessoas com fome no mundo e atribuem crescimento ao impacto da crise econômica. Ásia e ilhas do Pacífico lideram ranking da falta de alimentos.

Rodrigo Craveiro Isaiah Chindumba, de 48 anos, não integra a parcela dos 5,5 milhões de zambianos com desnutrição crônica, o equivalente a 47% da população do país situado no sul da África. No entanto, ele admite ao Correio que conhece muitas pessoas que enfrentam a fome. “A escassez de alimentos é um problema em qualquer lugar. A questão principal é que as pessoas não têm dinheiro, principalmente aquelas de baixa renda”, afirma. No mundo, o número de famintos passa de 1,02 bilhão de famintos — um aumento de 100 milhões desde o ano passado. Os dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, pela sigla em inglês) revelam que um sexto da população do planeta não tem o que comer. A menos que ações substanciais sejam tomadas imediatamente, a expectativa é de que a meta de redução de famintos para 420 milhões até 2015 não será alcançada.

A crise alimentar foi agravada pelo colapso da economia mundial, que aumentou o desemprego e reduziu o acesso dos mais pobres aos alimentos. A FAO usou a Zâmbia como exemplo e citou que o povo daquele país tem sofrido com a falta de refeições e a saúde fragilizada. “Uma perigosa combinação da recessão econômica global com os preços insistentemente altos de alimentos em muitos países tem empurrado mais 100 milhões de pessoas à fome crônica e à pobreza”, declara Jacques Diouf, diretor-geral da FAO. “Essa crise silenciosa da fome — que afeta um em cada seis seres humanos — é um sério risco à paz e à segurança mundiais. Precisamos criar com urgência um amplo consenso para a erradicação rápida e completa da fome no mundo e dar os passos necessários”, acrescenta.
Tendência nos últimos anos, o número de vítimas da falta de comida aumentou em todo o planeta, com exceção da América Latina e do Caribe. Quase todos os subnutridos estão nos países em desenvolvimento. Segundo a FAO, a insegurança alimentar golpeia sem clemência principalmente a Ásia e o Pacífico, com 642 milhões de famintos. A África Subsaariana, da qual a Zâmbia faz parte, detém alta prevalência de desnutridos (32% da população total). O Oriente Médio e o Norte da África registraram o maior aumento no número de pessoas com fome (13,5%). Até recentemente, a América Latina e o Caribe era a única região que apresentava sinais de melhora. No entanto, 12,8% dos habitantes sofrem com o problema.

Em entrevista ao Correio, o norte-americano Matt Roney — especialista do Earth Policy Institute (em Washington) — concorda que a crise atual reduziu o poder de compra dos mais pobres, enquanto os preços de alimentos considerados commodities triplicaram entre 2006 e 2008. “O aumento da fome é uma tendência em evidência que começou no fim da década de 1990, e há mais razões crônicas e fundamentais para isso: os agricultores estão tendo menos tempo para produzir alimentos que sustentem a população mundial em crescimento; boa parte dela se move para cima da cadeia alimentar e vem comendo mais grãos; entre outras”, explica. “A conclusão mais preocupante do estudo da FAO é de que não há sinais de que o número de famintos vai parar de crescer.”

Roney também considera incômodo o fato de que China e Arábia Saudita estão comprando terras cultiváveis em países subdesenvolvidos, como o Sudão, com o objetivo de produzir alimentos para exportá-los de volta para seus próprios territórios. “Esse esforço em aumentar a segurança alimentar está sendo feito às custas da segurança alimentar de pessoas em países ‘anfitriões’, muitas das quais dependem de ajuda internacional para sobreviverem”, acrescenta o especialista. Entre os riscos provocados pela fome, ele cita uma maior possibilidade de levantes e instabilidade
socioeconômica.

Para Roney, o etanol é um dos vilões no processo, ao alavancar o preço do grão. “O mandato do etanol e o subsídio para o combustível baseado em grãos são amplamente responsáveis pela inflação dos alimentos, que empurra mais e mais pessoas à pobreza. Além de provocar números recordes de fome e desnutrição, o etanol obtido de grãos não é a resposta para as necessidades de energia”, afirma. Ele garante que se os Estados Unidos convertessem toda a lavoura de gãos em combustível para carros, supriria apenas 18% da demanda pelo álcool. “Entre 2006 e 2008, os EUA quase dobraram a quantidade de milho transformado em etanol (40 milhões de toneladas); isso seria suficiente para alimentar 130 milhões de pessoas por um ano.”

Da Redação

Em 6 de outubro passado, a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) exigiu a revisão das políticas de biocombustíveis e subsídios, “para preservar a segurança alimentar, proteger agricultores pobres, promover o desenvolvimento rural e assegurar a sustentabilidade ambiental”.

A mensagem foi a tônica do relatório O estado do alimento e da agricultura. Segundo o documento, a produção de biocombustíveis baseados em commodities agrícolas aumentou mais de três vezes entre 2000 e 2007. A FAO previu um aumento na fabricação desses produtos, mas alertou que a energia global seguirá limitada. “Biocombustíveis apresentam oportunidades e riscos. O resultado depende do contexto específico do país e das políticas adotadas”, declarou, na ocasião, o diretor-geral Jacques Diouf.
Fonte: Correio Braziliense

19 de jun. de 2009

El Observatorio para la Protección de los Defensores de Derechos Humanos publica su Informe Anual 2009

La perseverancia del testimonio
El Observatorio para la Protección de los Defensores de Derechos Humanos publica su Informe Anual 2009



Ginebra-París, 19 de junio de 2009. El Observatorio para la Protección de los Defensores de Derechos Humanos, programa conjunto de la Organización Mundial Contra la Tortura (OMCT) y de la Federación Internacional de Derechos Humanos (FIDH), quien acompaña, sigue y protege a los defensores durante todo el año, publica hoy su Informe Anual 2009. Dicho informe, cuyo prefacio ha sido escrito por Roberto Saviano, es dedicado a un año entero de lucha por los derechos humanos a través del mundo.

Manifestaciones reprimidas, sindicalistas detenidos, ONG vigiladas: desde hace años estas realidades están vinculadas a situaciones económica y socialmente desequilibradas e injustas. El crecimiento de las inconformidades sociales vinculadas a la crisis económica mundial ha hecho crecer la represión registrada en los últimos años. El Informe Anual 2009 del Observatorio muestra que el aumento de las prácticas y de las leyes liberticidas en materia de control de la sociedad, inversamente proporcional a la caída de las bolsas, es una de las principales características de las dificultades enfrentadas por los defensores de derechos humanos en 2008.

Roberto Saviano, autor del prefacio del informe nos alerta: «Las "crisis" en 2008 ya dieron lugar a una multiplicación de los movimientos de protesta social. En Camboya, Camerún, Corea del Sur, Túnez, Colombia, Zimbabwe y en otros lugares, mujeres y hombres invadieron las calles para reclamar el respeto de sus derechos sociales y económicos, y los líderes pacíficos de esas manifestaciones muy a menudo fueron objeto de la represión. ¿Una muestra de lo que nos espera en el contexto de la crisis actual y de los movimientos sociales que de allí surgirán legítimamente?».

Para Souhayr Belhassen, Presidenta de la FIDH, « esta crispación social que ha alcanzado todos los continentes ha tenido, en todo el mundo, consecuencias en materia de libertades de reunión, asociación y expresión, que van más alla del simple marco de defensa de los derechos del trabajo o de los derechos sociales ».

Este informe rinde homenaje a la perseverancia del testimonio de todos los defensores de derechos humanos: « Los numerosos instrumentos internacionales de defensa de los derechos humanos y los mecanismos de vigilancia que nacieron a partir de ellos no constituyen de manera alguna una garantía suficiente contra las violaciones. Si la opinión pública no sigue atenta, su aplicación se queda en papel mojado. Más que nunca, en período de crisis, los defensores de derechos humanos, a través de sus investigaciones rigurosas, de sus acciones sin compromisos y de su empeño sin consideraciones constituyen el último bastión contra lo arbitrario. Los Estados represivos lo han entendido y apuntan cada vez más a estos defensores de la libertad », concluye Eric Sottas, Secretario General de la OMCT.

Este informe se publicará integralmente en francés, en inglés y en español, así como en ruso para la sección de Europa y la Comunidad de Estados Independientes, y en árabe para el norte de África y la sección de Medio Oriente.

Además, un anexo en forma de Cd-Rom que recopila los casos tratados por el Observatorio en 2008 estará disponible posteriormente.

Se organiza una conferencia de prensa el 19 de junio en Suiza y a lo largo del mes de julio, tendrán lugar otras conferencias, especialmente en Italia, Egipto, Jordania, Georgia, República Democrática del Congo, Kenya, Nigeria, Colombia, Perú, México, India y Camboya gracias al apoyo de las organizaciones miembros y de las organizaciones asociadas y/o contribuyentes tanto de la OMCT como de la FIDH.

Este informe está disponible en inglés y francés en las páginas Internet
de la FIDH y de la OMCT en los siguientes enlaces:

http://www.fidh.org/L-Obstination-du-temoignage-rapport-2009-defenseurs-droits-humains
http://www.fidh.org/Steadfast-in-protest-human-rights-defenders-annual-report-2009

y

http://www.omct.org/pdf/Observatory/2009/obs_annual_report_2009_fr.pdf
http://www.omct.org/pdf/Observatory/2009/obs_annual_report_2009_eng.pdf

La versión española estará disponible rápidamente

Pesquisa nas escolas públicas

Pesquisa realizada em 501 escolas públicas de todo o país, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 99,3% dessas pessoas demonstram algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração, orientação sexual ou territorial.

O estudo, divulgado nesta quarta-feira (17), em São Paulo, e pioneiro no Brasil, foi realizado com o objetivo de dar subsídios para a criação de ações que transformem a escola em um ambiente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças. De acordo com a pesquisa "Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar", realizada pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) a pedido do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a portadores de necessidades especiais, 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial.

Segundo o coordenador do trabalho, José Afonso Mazzon, professor da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo), a pesquisa conclui que as escolas são ambientes onde o preconceito é bastante disseminado entre todos os atores. "Não existe alguém que tenha preconceito em relação a uma área e não tenha em relação a outra. A maior parte das pessoas tem de três a cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser preconceituoso é generalizada e preocupante", disse.

Com relação à intensidade do preconceito, o estudo avaliou que 38,2% têm mais preconceito com relação ao gênero e que isso parte do homem com relação à mulher. Com relação à geração (idade), 37,9% têm preconceito principalmente com relação aos idosos.

A intensidade da atitude preconceituosa chega a 32,4% quando se trata de portadores de necessidades especiais e fica em 26,1% com relação à orientação sexual, 25,1% quando se trata de diferença socioeconômica, 22,9% étnico-racial e 20,65% territorial. O estudo indica ainda que 99,9% dos entrevistados desejam manter distância de algum grupo social.

Os deficientes mentais são os que sofrem maior preconceito com 98,9% das pessoas com algum nível de distância social, seguido pelos homossexuais com 98,9%, ciganos (97,3%), deficientes físicos (96,2%), índios (95,3%), pobres (94,9%), moradores da periferia ou de favelas (94,6%), moradores da área rural (91,1%) e negros (90,9%).

De acordo com o diretor de Estudos e Acompanhamentos da Secad (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade) do MEC (Ministério da Educação), Daniel Chimenez, o resultado desse estudo será analisado detalhadamente uma vez que o MEC já demonstrou preocupação com o tema e com a necessidade de melhorar o ambiente escolar e de ampliar ações de respeito à diversidade."No MEC já existem iniciativas nesse sentido (de respeito à diversidade), o que precisa é melhorar, aprofundar, alargar esse tipo de abordagem, talvez até para a criação de um possível curso de ambiente escolar que reflita todas essas temáticas em uma abordagem integrada", disse.

Fonte: Da Agência Brasil

17 de jun. de 2009

SITUAÇÃO ATUAL SOBRE OS DIREITOS QUILOMBOLAS

Na história do Brasil, as Comunidades Quilombolas são, e sempre foram, exemplo de organização social, assim como as comunidades negras em todadiáspora africana. Como evidência dessa importante forma de organização,estimamos existir atualmente cerca de 5.000 comunidades quilombolas em todoterritório nacional, com histórias que vão desde pouco menos de 100 anos deformação a séculos de existência.

Hoje, essas milhares de comunidades vêm formando grande rede dearticulação em vários níveis: organizações locais, municipais, regionais,estaduais e nacional, essa última representada pela CONAQ (CoordenaçãoNacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas), hoje compresença em quase todas as Unidades da Federação. Essa crescente mobilização das Comunidades Quilombolas tem trazidoimportantes resultados na construção de uma política de Estado que reconheçaos direitos desse grupo, que vai desde a criação do Artigo 68 do ADCT (Atosdas Disposições Constitucionais Transitórias) e outras citações contidas naConstituição Federal de 1988, passando por decretos, portarias, instruçõesnormativas, tratados internacionais e legislações editadas pelos governosestaduais.

Dessas conquistas, vale destacar o decreto 4.887, assinado peloPresidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, em 20 de novembro de2003, regulamentando os procedimentos técnicos e administrativos para oreconhecimento, demarcação, delimitação e titulação dos territóriosquilombolas, que traz o critério de auto-reconhecimento, como elementobásico para o início do processo de regularização. Ele traz outros avanços no que diz respeito à regularização fundiária e ainda cria o Programa Brasil Quilombola, que destina recurso de vários órgãos do Governo Federal para odesenvolvimento social e econômico das comunidades. A partir da criação do decreto, o número oficial de comunidades identificadas no país passou de 743 para mais de 3.000, o que gerou grande preocupação no setor fundiário, seguida de forte estratégia na tentativa deanulação dos direitos quilombolas, puxada pela bancada ruralista, empresasdo agronegócio e grupos de comunicação.

Além da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3239/04), de autoriados Democratas, ex-PFL (Partido da Frente Liberal), em tramitação no STF(Supremo Tribunal Federal), que contesta a constitucionalidade do decreto4887/03, existem atualmente os seguintes projetos no Congresso Nacional: - PDC 44/07 de autoria do Deputado Federal Valdir Colatto (PMDB-SC) que pede a anulação do decreto 4887; - PL 3654/08 de autoria do mesmo deputado, que 'regulamenta' o artigo 68 do ADCT, segundo os interesses da bancada ruralista; - PEC 190/00 de autoria do Senador Lúcio Alcântara (PSDB/CE), que exclui o Artigo 68 e insere novo item (no Capítulo VIII, Título VIII, seria o artigo 232-A), que apresenta outra redação para o texto do Artigo 68, com o problema de sugerir tratar-se de indivíduos e não coletividades e de indicar que a titulação deverá ser feita "na forma da lei", sem dizer qual seria essa lei. - PL 6264/05, aprova o Estatuto da Igualdade Racial, havendo uma forte pressão para a retirada do texto que trata dos territórios quilombolas de dentro do Estatuto.

A situação acima apresentada demonstra o quanto as comunidadesquilombolas têm incomodado os grileiros e latifundiários em todo país. Parapiorar, além desses procedimentos jurídicos e legislativos, aconteceatualmente, em todo país, uma série de ações de violência contra famíliasquilombolas, negação da identidade étnica do grupo, pedido de reintegraçãode posse por parte de fazendeiros e criminalização do movimento socialquilombola. Importantes grupos de comunicação fazem uso da concessão pública parase colocarem a serviço dos ruralistas. Órgãos do Estado Brasileiro tambémtem atuado em favor desses grupos (Polícias Militar, Civil e Federal, órgãosambientais, etc) e o próprio judiciário, em alguns casos.


ESTRATÉGIA DE DEFESA DOS DIREITOS QUILOMBOLAS


  • Do ponto de vista político, jurídico e administrativo

A CONAQ tem atuado em várias frentes a fim de reverter esse quadrocrítico de direitos ameaçados. Um grupo de organizações sociais de defesados direitos humanos tem dialogado diariamente entre si e com o movimentoquilombola. Das ações já desenvolvidas, destacam-se: - Diálogo com a 6ª Câmara do Ministério Público Federal (Índios e Minorias), para tratar das estratégias de defesa dos direitos quilombolas; - Diálogo com a assessoria da Senadora Marina Silva para a articulação de um grupo de parlamentares que apóiem a causa quilombola; - Diálogo com o Ministro Edson Santos da SEPPIR, Deputado Federal Carlos Santana - PT/RJ (Presidente da Comissão Especial para análise do Estatuto da Igualdade Racial) e Deputado Federal Antônio Roberto - PV/MG (Relator do Estatuto da Igualdade Racial), para tratar do Estatuto da Igualdade Racial; - Diálogo com Dr. Pedro Abramovay, secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, Ministro da Justiça Tarso Genro e Advogado Geral da União Ministro Toffoli, todos para tratar da ADI 3239; - Em curso, elaboração de memorial, com informações para subsidiar o STF na votação da ADI 3239; - Pedido de Audiência Pública ao STF; - Pedido de Audiência com os Ministros do STF para tratar da ADI, sendo que até agora fomos recebidos por Menezes Direito, Carlos Ayres Brito, Ricardo Lewandowsky e Carmem Lúcia Antunes Rocha; - Pressão sob o INCRA, para consolidação de alguns processos de regularização que estejam em estágios mais avançados, como forma de fortalecimento do decreto.

  • Do ponto de vista da sensibilização da opinião pública

Escrevemos o Manifesto pela Defesa dos Direitos Quilombolas, petição colocada na internet, para colher assinaturas das pessoas sensibilizadas coma questão. Já passamos de 2000 assinaturas. Está sendo utilizada o sitio *www.conaq.org.br* <http://www.conaq.org.br/>, página da CONAQ na Internet, pra dar visibilidade às ações que acontecem. Foi aberto diálogo com um grupo de artistas negros para o desenvolvimento de uma campanha, envolvendo também artistas não negros sensíveis à causa quilombola. Essa campanha incluirá falas públicas dos artistas dizendo que apóiam a causa quilombola; ida dos artistas ao STF, Congresso Nacional e outros espaços estratégicos; e realização de showsdesses artistas em apoio aos direitos quilombolas, em Brasília, no Rio deJaneiro e em São Paulo.

A CONAQ tem feito diálogo também com movimentos do campo e movimentosambientalistas. Assim, participou do lançamento da Aliança Camponesa eAmbientalista em Defesa da Reforma Agrária e do Meio Ambiente, no SenadoFederal, em 10 de março de 2009. Participou da I Semana pela Reforma Agráriae Justiça no Campo, em debate sobre a Criminalização das Lutas Populares dosPovos do Campo. E participou da Vigília em Defesa da Amazônia, no SenadoFederal, dia 13 de maio de 2009.

A participação da CONAQ na Conferência de Revisão de Durban, realizadoem Genebra – Suiça, entre os dias 20 e 24 de abril do corrente, foi fruto de muita disputa entre atores interessados em compor a delegação brasileira. Ela foi importantíssima para a divulgação da questão quilombola em âmbito internacional, resultando na Carta de Genebra em Defesa dos Direitos Quilombolas (disponível no site da CONAQ). Também valeu para se abrir um diálogo na França, com vistas à construção de campanha internacional em defesa dos direitos quilombolas. Em diálogo com a AMAR, organização não-governamental francesa, ficou estabelecido que: serão recolhidas assinaturas na França para apresentar aoEstado brasileiro; a CONAQ fica convidada à participar da Semana daSolidariedade no mês de novembro na França; e a Organização Povos Solidários promoverá uma Campanha na Europa em defesa dos direitos quilombolas noBrasil. Estamos propondo às organizações representativas do movimentoquilombola nas esferas estaduais e locais, que sejam realizados manifestos,audiências públicas nas Assembléias Legislativas, mobilização de atorespolíticos nos estados, etc, para que o movimento em defesa dos direitosquilombolas ganhe força nas também nas bases, não ficando restrito ao espaçode Brasília. Estamos propondo a realização da Mobilização Nacional pela Defesa dosDireitos Quilombolas, em Brasília, durante a II Conferência Nacional dePromoção da Igualdade Racial – II CONAPIR, entre os dias 25 e 28 de junho,com os quilombolas delegados da CONAPIR mais outros que conseguiremmobilizar ônibus dos estados para o ato, além dos movimentos parceiros.

Foi aberto diálogo com a direção nacional do Movimento Sem-Terra – MST, no sentido de tentar aproximar as lutas quilombola e da reforma agrária. Sugestão de acompanhamento, pelas entidades quilombolas estaduais, da açãopolítica que o MST está organizando, dias 08 e 09 de junho, pela defesa doPRONERA (Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária), com ocupação nosINCRAS dos Estados. Em negociação, apoio dos assentamentos do DF e entornona mobilização nacional pela defesa dos direitos quilombolas.

Fonte: Damião Braga Soares dos Santos - Presidente da Associação da Comunidade Remanescente do Quilombo Pedra do Sal- ARQPEDRA / RJ

12 de jun. de 2009

Reunião do CREDH

Para colocar na agenda e participar!!

O Comitê Regional de Educação em Direitos Humanos Vale dos Sinos se reunirá no próximo dia 18 de junho, às 16h, na sala 5 do COL, Rua Primeiro de Março, 776, São Leopoldo.

Precisamos definir o calendário de mobilização para a realização do nosso II Seminário de Educação em Direitos Humanos.

Vamos lá!! Esperamos a presença de todas e todos!!

Comissão dos Direitos Humanos de Passo Fundo: 25 anos em defesa

25 anos em defesa dos direitos humanos
Entidade comemora 25 anos de trabalho no município e reitera a disposição de continuar lutando para construir uma cultura que priorize esses direitos.


O ano era 1983, uma época de turbulência política, o Brasil ainda estava sob o regime militar. Mas isso não inibiu o desejo de um certo grupo que queria lutar pela igualdade. Pelo contrário, as adversidades fora m motivadoras. Foi assim que surgiu a idéia de criar em Passo Fundo uma entidade com esse propósito. O grupo, no início formado por pessoas ligadas à igreja católica e aos movimentos sociais da juventude e pastoral da terra e educação (CPERS), foi ganhando mais membros, pessoas e entidades que partilhavam o mesmo objetivo. Em 1984 eles saíram em busca de outras entidades que defendiam os direitos humanos em vários lugares do Brasil em busca de experiência. Foi nesse mesmo ano que o sonho se concretizou. No dia 5 de junho de 1984, um grupo de 20 pessoas fundava a Comissão dos Direitos Humanos de Passo Fundo (CDHPF), que teve como primeira presidente Maria Sirlei Vieira. Vinte e cinco anos depois, o coordenador geral da comissão, Nei Alberto Pies, destaca a importância dessa trajetória e reitera a disposição dos membros da entidade para continuar lutando pela dignidade humana, a partir da construção de uma cultura de direitos humanos. A seguir, em entrevista à reportagem do Jornal Diário da Manhã, Nei Alberto Pies, fala desses 25 anos de história da entidade.

DIÁRIO DA MANHÃ: Qual é a concepção de luta em direitos humanos para vocês, militantes desta causa?NEI ALBERTO PIES: Nossa entidade sempre atuou na perspectiva de apoiar as pessoas que, de forma individual ou coletiva, organizam-se para a promoção, defesa e realização de seus direitos. Sempre tivemos o entendimento que deveríamos ser a mediação e o apoio para as lutas, porque acreditamos que todo ser humano deve emancipar-se, exercendo sua condição de cidadania e de sujeito de direitos. Consideramos ainda que as políticas públicas é que devem traduzir para a realidade cotidiana os direitos e garantias previstas em nossa legislação.

DM: A Declaração Universal dos Direitos Humanos foi promulgada pela Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948. Foi um avanço. O que trouxe de benefícios?
PIES: Tanto a Declaração Universal dos Direitos Humanos, como a Constituição Brasileira de 1988 e os Pactos Internacionais trouxeram avanços para os direitos humanos porque são instrumentos que possibilitam que a sociedade e os sujeitos cobrem dos governos a execução de políticas que dignificam a pessoa humana. A realização dos direitos humanos fundamentais precisa ser garantida pelo Estado. Além do mais, estes instrumentos são compromissos que governos e sociedade assumem como seus ideais de mundo e humanidade. No entanto, vivemos ainda, no Brasil e no mundo, uma “cidadania de papel”. Neste sentido, precisamos lutar para que as garantias já previstas nas legislações tornem-se realidade na vida cotidiana de todos os seres humanos.

DM: Quais são os maiores desafios para quem trabalha com o tema direitos humanos?
PIES: Nosso trabalho é voluntário. Por isso exige doação e compromisso e isto tem um preço que cada um decide pagar. Mas quem luta pelos direitos humanos, seus e dos outros, acredita imensamente em todas as possibilidades e potencialidades humanas, porém nem sempre é bem compreendido/a. Direitos humanos exigem mudanças de estrutura de sociedade. Dignidade não pode ser para alguns, deve ser para todos e todas. Não podemos aceitar também que, em plena democracia, pessoas e grupos sejam criminalizados quando lutam por seus direitos, seja na luta pela terra, moradia, educação....e nem que o Estado, que deve ser o garantidor de direitos, seja, por vezes, o grande violador.

DM: Apesar de ser uma entidade de poucos militantes, o que torna a CDHPF uma referência?
PIES: Desde nossa fundação, trabalhamos a idéia de parcerias protagonistas. Contamos também com o apoio de colaboradores (pessoas e entidades). Somos, com certeza, uma referência da luta pelos direitos humanos em Passo Fundo e região, mas não nos sentimos donos da temática. Construímos ações como o Colóquio Nacional de Direitos Humanos, as campanhas de afirmação dos Direitos Humanos, o Diagnóstico da Beira Trilho, o Fórum Municipal de Educação em Direitos Humanos, Formação de Agentes Multiplicadores, a participação nos Conselhos Municipais numa lógica de construção coletiva com muitas outras entidades e pessoas. Somos também filiados, desde a nossa fundação, ao Movimento Nacional de Direitos Humanos, participando ativamente das lutas nacionais. Desta forma, exercemos uma vigilância em relação a garantia e reparação dos direitos violados.

DM: Quais são os desafios da atuação em direitos humanos em nosso município, Passo Fundo?
PIES: Em Passo Fundo ainda temos muito a avançar. As políticas públicas de nossa cidade ainda precisam estar melhor articuladas para a garantia de condições de moradia, de acesso ao trabalho, de educação, saúde, segurança....Precisamos ainda enfrentar a questão da criminalidade, assustadora pelos altos índices de homicídio, por exemplo. Há muitos anos, lutamos junto com a comunidade passo-fundense pela melhoria nas condições de nosso Presídio Regional. Acreditamos, sobretudo, que nossa cidade deve buscar, incansavelmente, através de todos os atores sociais e setores, ampliar as condições de oportunidade (de vida, trabalho, cultura e lazer) a todos aqueles e aquelas que decidiram morar aqui.

DM: Que ações serão desenvolvidas para comemorar 25 anos?
PIES: Com o intuito de resgatar nossa história ao longo destes 25 anos, organizamos algumas atividades: Sessão Solene na Câmara de Vereadores (dia 17 de junho), produção de Campanha 25 anos (vídeo institucional, VT e spot), Resgate da Memória de Luta, Caravana dos Direitos Humanos nos bairros, Seminários e Festa. O mote principal de nossa comemoração é inspirado em Poema de Eduardo Galeano, o Mundo. A Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo acredita que cada pessoa é uma fogueira... umas grandes... outras pequenas... todas humanas. Atua cotidianamente para que nenhuma delas seja apagada. Faz isso porque acredita que a dignidade humana é uma construção que se realiza junto com a efetivação dos direitos humanos de cada pessoa e de todas as pessoas. Por isso insiste em lançar luzes para afastar a desigualdade, a dominação, a injustiça, a violência. Quer uma sociedade na qual todas e cada pessoa tenham lugar e possam brilhar. Ao completar 25 anos de lutas e conquistas, registra a memória das muitas pessoas que puseram sua luz a serviço da realização dos direitos humanos em Passo Fundo.
“A Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo acredita que cada pessoa é uma fogueira... umas grandes... outras pequenas... todas humanas. Atua cotidianamente para que nenhuma delas seja apagada. Faz isso porque acredita que a dignidade humana é uma construção que se realiza junto com a efetivação dos direitos humanos de cada pessoa e de todas as pessoas” Nei Alberto Pies