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19 de ago. de 2011

Caravana da Anistia em Porto Alegre 25 e 26 de agosto!


I SEMINÁRIO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS PRÓ-UERGS


PARTICIPE!!

DATA: 29 de agosto de 2011
HORA: às 9 Horas
LOCAL: Miguel Teixeira 86 POA
(Rua atrás do Pão dos Pobres)

PROGRAMAÇÃO

09 Horas: Abertura
Apresentação dos Movimentos Sociais
11 Horas:
Apresentação da UERGS e da SJDH
12 Horas: Almoço
14 Horas: Palestra Conceição Paludo
15 Horas: Debate
15h30min: Intervalo/ Lanche/ Articulações
16 Horas: Observatórios Sociais
16h20min: Debate Encaminhamentos Constituição do GT Projeto Observatório dos Movimentos Sociais
17h30min: Encerramento
Obs. A ficha de inscrição (em anexo) é pré-requisito para participar do Seminário e do espaço reservado aos Movimentos Sociais e deverá ser respondida e enviada até dia 12 de agosto.

18 de ago. de 2011

Cinema Venezuelano em São Leopoldo, é amanhã!!


15 de ago. de 2011

Mostra de Cinema Venezuelano

A Rede AMLAT e o Grupo de Pesquisa PROCESSOCOM-UNISINOS, com apoio do CNPq, CREDH VS e Prefeitura Municipal de São Leopoldo, promoverá Cinema Venezuelano, no dia 19 de agosto, a partir das 19h, na sala de cinema do Centro Cultural Municipal José Pedro Boéssio, em São Leopoldo.
A atividade coordenada pelo cineasta Noel Padilla Fernandez do CEPAP, Universidade Nacional Experimental Simón Rodríguez, Venezuela, apresentará o filme apresentado será  "Puente Llaguno. Claves de una masacre", 2004, Director Ángel Palacios, (documental), 120 minutos.

Evento gratuito!

10 de ago. de 2011

Começou o bombardeio...

E depois chamam isto de "liberdade de imprensa" e "liberdade de expressão"... só pode existir liberdade de expressão entre iguais...qdo a informação é concentrada em grandes grupos econômicos corporativos não existe democracia... João Ricardo.
A Globo vai partir pra cima de Amorim: isso prova que Dilma escolheu bem!
 
por Rodrigo Vianna

Acabo de receber a informação, de uma fonte que trabalha na TV Globo: a ordem da direção da emissora é partir para cima de Celso Amorim, novo ministro da Defesa.
O jornalista, com quem conversei há pouco por telefone, estava indignado: “é cada vez mais desanimador fazer jornalismo aqui”. Disse-me que a orientação é muito clara: os pauteiros devem buscar entrevistados – para o JN, Jornal da Globo e Bom dia Brasil – que comprovem a tese de que a escolha de Celso Amorim vai gerar “turbulência” no meio militar. Os repórteres já recebem a pauta assim, direcionada: o texto final das reportagens deve seguir essa linha. Não há escolha. Trata-se do velho jornalismo praticado na gestão de Ali Kamel: as “reportagens” devem comprovar as teses que partem da direção.

Foi assim em 2005, quando Kamel queria provar que o “Mensalão” era “o maior escândalo da história republicana”. Quem, a exemplo do então comentarista Franklin Martins, dizia que o “mensalão” era algo a ser provado foi riscado do mapa. Franklin acabou demitido no início de 2006, pouco antes de a campanha eleitoral começar.

No episódio dos “aloprados” e do delegado Bruno, em 2006, foi a mesma coisa. Quem, a exemplo desse escrevinhador e de outros colegas na redação da Globo em São Paulo, ousou questionar (“ok, vamos cobrir a história dos aloprados, mas seria interessante mostrar ao público o outro lado – afinal, o que havia contra Serra no tal dossiê que os aloprados queriam comprar dos Vedoin?”) foi colocado na geladeira. Pior que isso: Ali Kamel e os amigos dele queriam que os jornalistas aderissem a um abaixo-assinado escrito pela direção da emissora, para “defender” a cobertura eleitoral feita pela Globo. Esse escrevinhador, Azenha e o editor Marco Aurélio (que hoje mantem o blog “Doladodelá”) recusamo-nos a assinar. O resultado: demissão.

Agora, passada a lua-de-mel com Dilma, a ordem na Globo é partir pra cima. Eliane Cantanhêde também vai ajudar, com os comentários na “Globo News”. É o que me avisa a fonte. “Fique atento aos comentários dela; está ali para provar a tese de que Amorim gera instabilidade militar, e de que o governo Dilma não tem comando”. Detalhe: eu não liguei para o colega jornalista. Foi ele quem me telefonou: “rapaz, eu não tenho blog para contar o que estou vendo aqui, está cada vez pior o clima na Globo.”

A questão é: esses ataques vão dar certo? Creio que não. Dilma saiu-se muito bem nas trocas de ministros. A velha mídia está desesperada porque Dilma agora parece encaminhar seu governo para uma agenda mais próxima do lulismo (por mais que, pra isso, tenha tido que se livrar de nomes que Lula deixou pra ela – contradições da vida real).

Nada disso surpreende, na verdade. O que surprendeu foi ver Dilma na tentativa de se aproximar dessa gente no primeiro semestre. Alguém vendeu à presidenta a idéia de que “era chegada a hora da distensão”. Faltou combinar com os russos. A realidade, essa danada, com suas contradições, encarregou-se de livrar Dilma de Palocci, Jobim e de certa turma do PR. Acho que aos poucos a realidade também vai indicar à presidenta quem são os verdadeiros aliados. Os “pragmáticos” da esquerda enxergam nas demissões de ministros um “risco” para o governo. Risco de turbulência, risco de Dilma sofrer ataques cada vez mais violentos sem contar agora com as “pontes” (Palocci e Jobim eram parte dessas pontes) com a velha mídia (que comanda a oposição).

Vejo de outra forma. Turbulência e ataques não são risco. São parte da política. Ao livrar-se de Jobim (que vai mudar para São Paulo, e deve ter o papel de alinhar parcela do PMDB com o demo-tucanismo) e nomear Celso Amorim, Dilma fez uma escolha. Será atacada por isso. Atacada por quem? Pela direita, que detesta Amorim.

Amorim foi a prova – bem-sucedida – de que a política subserviente de FHC estava errada. O Brasil, com Amorim, abandonou a ALCA, alinhou-se com o Sul, e só cresceu no Mundo por causa disso. Amorim é detestado pelos méritos dele. Ou seja: apanhar porque nomeou Amorim é ótimo!

Como disse um leitor no twitter:

“Demóstenes, Álvaro Dias e Reinaldo Azevedo atacam o Celso Amorim; isso prova que Dilma acertou na escolha”.

Não se governa sem turbulência. Amorim é um diplomata. Dizer que ele não pode comandar a Defesa porque “diplomatas não sabem fazer a guerra” (como li num jornal hoje) é patético. O Brasil precisa pensar sua estratégia de Defesa de forma cada vez mais independente. É isso que assusta a velha mídia – acostumada a ver o Brasil como sócio menor e bem-comportado dos EUA. Amorim não é nenhum incediário de esquerda. Mas é um nacionalista. É um homem que fala muitas línguas, conhece o mundo todo. Mas segue a ser profundamente brasileiro. E a gostar do Brasil.

O mundo será, nos próximos anos, cada vez mais turbulento. EUA caminham para crise profunda na economia. Europa também caminha para o colpaso. Para salvar suas economias, precisam inundar nosso crescente mercado consumidor com os produtos que não conseguem vender nos países deles. O Brasil precisa se defender disso. A defesa começa por medidas cambiais, por política industrial que proteja nosso mercado. Dilma já deu os primeiros passos nessa direção.

Mas o Brasil – com seus aliados do Cone Sul, Argentina à frente – não será respeitado só porque tem mercado consumidor forte, diversidade cultural e instituições democráticas. Precisamos, sim, reequipar nossas forças armadas. Precisamos fabricar aviões, armas. Precisamos terminar o projeto do submarino com propulsão nuclear.

Não se trata de “bravata” militarista. Trata-se do mundo real. A maioria absoluta dos militares brasileiros – que gostam do nosso país – não vai dar ouvidos para Elianes e Alis; vai dar apoio a Celso Amorim na Defesa, assim que perceber que ele é um nacionalista moderado, que pode ajudar a transformar o Brasil em gente grande, também na área de Defesa. O resto é choro de anões que povoam o parlamento e as redações da velha mídia.

4 de ago. de 2011

Pesquisa aponta avanço na aceitação da sociedade aos direitos à diversidade sexual

A pesquisa "União Estável entre Homossexuais”, realizada no mês de julho pelo instituto de análise Ibope, aponta que 55% da população é contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que reconhece a união estável homoafetiva, votada em maio de 2011. No entanto, a juventude é destacada como segmento etário com maior índice (60%) de aprovação em relação à medida do poder judiciário. As opiniões também variam bastante quando relacionadas ao gênero, religião, escolaridade e classe social.


Na contramão de uma avaliação pessimista do dado, Toni Reis,presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), propõe uma perspectiva diferente. Os dados da pesquisa revelam, na verdade, que "45% apóia a união estável homossexual, o que significa um avanço, se comparada a uma pesquisa realizada em 1993, quando apenas 7% eram favoráveis à questão”, comemora. A pesquisa anterior foi realizada pelo mesmo instituto a pedido de uma revista de circulação semanal nacional.
Toni avalia que a decisão do STF foi a "maior vitória da cidadania LGBT” no país. No entanto, uma mudança cultural exige tempo. "Esses dados apontam que, em 15 anos, muita coisa já mudou e vem crescendo o apoio popular”, afirma. Ele lembra que no início da década de 1990, não havia o movimento, que existe hoje, em torno dos direitos LGBT.
Sobre a aceitação de 60% dos jovens, o presidente da ABGLT acredita que a escolarização e o acesso a informações, inclusive por meio das redes sociais, auxiliam na formação de segmentos mais receptivos ao direito à diversidade sexual. Toni acredita que logo essa "juventude terá envelhecido e, em cerca de 10 anos, teremos uma sociedade ainda mais tolerante”.
Para Toni Reis, a organização foi o principal motor para provocar transformações, tanto legislativas, quanto culturais. Segundo o dirigente da Associação, hoje, são realizadas cerca de 250 paradas no Brasil e existem mais de 300 organizações não-governamentais voltadas para o desenvolvimento do direito à diversidade sexual. "A visibilidade e as frequentes denúncias de discriminação foram fundamentais para gerar essas mudanças”, avalia.
Quanto à escolarização, a pesquisa revela que quanto maior a escolaridade alcançada, maior a aceitação dos direitos LGBT, alcançando 60% de aprovação dentre os entrevistados de nível superior. Nesse sentido, Toni informou que a educação estará dentre as principais pautas do movimento durante a II Conferência Nacional LGBT, a ser realizada em dezembro deste ano. "Educação será um de nossos temas prioritários, especialmente, a educação para a cidadania”, afirmou o presidente.
No quesito religião, os evangélicos são o de maior intolerância, com 77% de reprovação a união civil homoafetiva. Quanto aos católicos, de acordo com Toni, a porcentagem de 50% representa uma importante conquista. Dentre espíritas e outras religiões, o apoio chega a 60%.
Com relação à convivência cotidiana com homossexuais, em termos profissionais ou pessoais, a maioria não vê problema nesse tipo de convívio. Na pesquisa do Ibope, 73% dos entrevistados afirmaram que não se afastariam de seu melhor amigo se ele se revelasse homossexual. "Isso é mais um avanço, pois na outra pesquisa, apenas 44% continuaria a amizade”, avalia Toni Reis.

Para ler a pesquisa na íntegra, acesse:http://media.folha.uol.com.br/cotidiano/2011/07/28/casamentogay.pdf
Fonte: Adital