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21 de nov. de 2011

Carta da Assembléia de Alunos, Professores e Funcionários do Instituto de Psicologia da USP

Carta da Assembléia de Alunos, Professores e Funcionários do Instituto de Psicologia da USP

quanto aos acontecimentos recentes na USP

Comunicamos que a comunidade do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, na assembléia dos professores, funcionários e alunos do dia 16 de novembro de 2011, deliberou pela manifestação de seu inteiro repúdio à violência da Polícia Militar na operação de reintegração de posse do prédio da Reitoria da Cidade Universitária, ocorrida no dia 8 de novembro de 2011, bem como a detenção e criminalização dos estudantes que a ocupavam.
 Repudiamos não apenas a brutalidade cometida neste episódio, mas toda instrumentalização da violência como forma imediata ou incontornável de manutenção da segurança pública, seja patrimonial ou, principalmente, humana, em qualquer âmbito da sociedade. Não compactuamos com a violência e o atropelamento dos direitos humanos como um apêndice da suposta manutenção e promoção de segurança, institucionalizada ou não. Avaliamos que quando um órgão de segurança do patrimônio e da integridade física das pessoas, no campus da USP, atua ora como proteção e ora como repressão e violência, trata-se da lamentável repetição das contradições já sofridas pela sociedade no seu cotidiano. Mas se acreditamos no papel fundamental da extensão universitária e em nossa participação e articulação com a sociedade, teremos de reafirmar a função fundamental da Universidadede São Paulo: pensar, pesquisar, praticar e oferecer diferentes alternativas aos problemas sociais. Manifestamos ainda nossa insatisfação com o modo anti-democrático com que a reitoria avalia e decide soluções às questões fundamentais do campus universitário. Entendemos que este episódio denuncia a precariedade das atuais formas de diálogo entre reitoria e comunidade USP. O isolamento administrativo de João Grandino Rodas, e seu inaceitável consentimento com a violência, são sinais críticos de que necessitamos da construção de novos espaços de
discussões na Universidade de São Paulo. Queremos discutir estas e outras questões com toda a comunidade USP, tão carente de articulação entre seus cursos e unidades.



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